Quando chega esta época próxima à Páscoa temos a impressão de que o ano está passando rapidamente, afinal, um quarto do ano está se encerrando. Algumas vezes a passagem do tempo nos surpreende e em outras circunstâncias parece que não passa nunca. A vida é feita de passagens e a Páscoa é tempo de pensar em passagens. Aliás, ela começou como uma passagem.
Atualmente, este evento celebra a ressurreição de Cristo após três dias de sua morte, mas essa história começa no contexto do Antigo Testamento, no livro de Êxodo, quando o povo de Israel foi liberto da escravidão no Egito. Naquele contexto, o povo de Deus, foi instruído por Moisés, a marcar os umbrais das portas de suas casas, com o sangue de um cordeiro que seria sacrificado, pois nas casas que houvesse tal sinal não haveria a morte do filho primogênito quando o anjo do Senhor passasse. O termo hebraico para Páscoa ‘Pesah’ tem essa ideia, ou seja, ‘passar’, o anjo passaria e não haveria morte. A partir de então o povo, que servia ao Senhor, começou a celebrar essa data lembrando da libertação. O próprio Cristo, celebrava esse momento com seus discípulos e depois veio a tornar-se o símbolo do cordeiro Pascal o qual foi morto para trazer libertação. Por isso, a Páscoa é celebrada pelos cristãos ainda hoje.
Jesus passou pela terra, pela cruz e pela morte, tendo ressuscitado ao terceiro dia. Ele o fez para que os que cressem nele também passassem da morte para a vida. A Páscoa é, portanto, tempo de pensar sobre a necessidade de passar a andar cada dia mais próximo daquele que passou por aqui há dois mil anos atrás.
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Drª. Marivete Zanoni Kunz
Coordenadora de TCC na Faculdade Batista Pioneira